O meu gosto para motos e carros sempre foi bem peculiar, meus amigos costumam dizer que eu tenho gosto de “tiozão” apesar de ter 29 anos!
Ao contrário da maioria dos homens da minha idade que adoram super esportivas ou nakeds super velozes, eu prefiro as motos mais confortáveis, mas também não abro mão de potência… A diferença é que eu gosto de potência (torque) em baixas rotações, gosto de motos “torcudas” e não ligo muito para velocidade final, pois não sou tão louco a ponto de passar dos 200km/h fora de uma pista de corrida! Já ouvi casos de pessoas que compraram moto “A” em vez da moto “B”, por que a moto “A”  tem velocidade final de 229 km/h enquanto a moto “B” tinha velocidade final de 225km/h, uma tremenda bobagem na minha opinião!

Lógico que eu não abro mão do visual também, gosto de motos “troncudas”, sou fã de diversos modelos e categorias…

Abaixo alguns modelos de motocicleta que adoro e que teria sem pensar 2 vezes:

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Apensar de adorar motocicletas, tive poucos modelos nos meus 10 anos de carteira, e guiei menos de 20 diferentes modelos…

Minha primeira “moto” foi uma Mobilete Monark S50, que tive entre os 12 e 14 anos…
Meu pai presenteou eu e meu irmão mais novo com uma mobilete, mas impôs uma condição: que deveríamos guia-la somente e únicamente em ruas de terra. A mobilete ficava numa chacara em Sumaré e nos divertíamos com ela somente durante os fim de semana, e por incrível que pareça, respeitávamos a regra de somente guia-la em ruas de terra… Me lembro que o mais devertido era dar cavalos de pau e atravessar os trechos de areia fofa, os tombos são incontáveis, e nem sabíamos o que era capacete!!! Hoje fico imaginando se eu seria capaz de fazer o mesmo com meus filhos… Com certeza não!
Mas eu tenho que dizer que EU ADORAVA!
E agradeço por ter um pai um tanto quanto irresponsável! Obrigado pai!

Minha segunda moto, uma Yamaha Crypton, na verdade não era minha, era do meu irmão, que na epóca não tinha carta, mas essa ele pilotava pra cima e pra baixo, no asfalto e na terra, todos os dias da semana, mas com a condição de não sair do bairro… Mas meu irmão sempre foi mais doido do que eu, e ele não respeitava muito as regras não, ele é daqueles que adora raspar a pedaleira no asfalto sabe?…
Na época eu já tinha carteira de motorista e passeava com Crypton pela cidade de Campinas, inclusive passei pela minha primeira bliz de trânsito com ela! 🙂

A minha terceira moto, ou a minha primeira moto de verdade, foi uma Honda CBX250 Twister, ela foi a primeira que batizei com um nome: a Neuza!
Sofri meu primeiro acidente de trânsito com ela, nada grave, nem cheguei a cair da moto, nem cheguei a colocar o pé no chão… Um carro bateu na minha perna quando estavamos saindo de um semáfaro, na hora senti uma dor razoavél, e percebi que a pedaleira havia entortado um pouco… mas logo me recuperei e liberei o motorista do carro, pois eu não havia encontrado nenhum dano na moto…
Mas depois, ao chegar em casa, constatei que o tanque da moto estava amassado, ou seja, amassei o tanque da moto com o meu joelho, tive muita sorte pois sai sem um arranhão!

Minha quarta moto foi uma Honda Shadow 600cc, a Creuza, eu ADOREI essa moto, a posição de pilotagem era fantástica, e eu possuia um assento customizado que parecia que eu estava sentado na poltrona de casa, apesar de ser uma moto custom eu me dava muito bem com ela no trânsito… Com ela eu aperfeiçoei minhas habilidades na manobra de contra-esterço, manobra essêncial para guiar motos custom sem ter que fazer muito esforço. Se você não sabe o que é contra-esterço, leia mais aqui, lhe garanto que você nunca mais guiará um moto de outra maneira.

Durante o tempo que possuí a Shadow, meu pai pegou num rolo, troca, uma Honda CB600 Hornet, brinquei com ela por 1 ou 2 finais de semanas, foi a primeira moto 4 cilindros em linha que dirigi, e a primeira vez que cheguei aos 200km/h… eu só tenho uma definição para motos 4 cilindros em linha: “Brinquedo de gente grande”… Eu me senti uma criança em cima daquela moto, com um sorriso de orelha a orelha… Mas essa não é moto pra mim, pelo menos não como moto principal, de uso diário, muito perigosa, as changes de você fazer uma cagada com uma moto dessas é fenomenal, tem que ter muito juízo. A aceleração em altas rotações é deliciosa… Sem contar que essa é uma das motos mais visada para roubo, andar com uma Hornet sem seguro em Campinas, é loucura, e fazer seguro de uma Hornet em Campinas é outra loucura! Triste realizadade brasileira! Mas meu pai vendeu a danada rapidinho…
Durante o tempo que tive a Shadow, meu pai pegou em rolos (ele tem uma revenda de veículos) outras 2 Hondas Falcon e uma Honda Sahara, também brinquei um pouco com elas, são ótimas motos, muito confortáveis e ágeis, mas infelizmente não fazem o meu tipo, pois são muito altas para minha estatura…1.71m.

Minha quinta moto, é a minha moto atual, uma Honda ST1300 Pan European, a Dona Maria. Essa moto não tem importação oficial no Brasil, por isso imagino que devem exisitir poucos exemplares no Brasil.Adiquiri a Dona Maria durante o tempo que morei na Inglaterra.

Eu gosto de dizer que a Pan European é a irmã caçula da Goldwing, apesar de ser classificada como Sport Tourer, prefiro classifica-la como Tourer, pois acho que algumas de suas concorrentes são MUITO mais Sport do que ela, como a Triumph Sprint, Yamaha FJR1300, a Kawasaki GTR e outras, mas essa é uma conversa que rende horas de discussão numa mesa de bar…
Apesar do tamanho e peso a Pan European é uma moto muito fácil e gostosa de dirigir, mesmo no trânsito pesado de Londres ou de São Paulo, possui uma aceleração linear e potência de sobra para levar, com muito conforto, 2 pessoas e muita bagagem, uma moto projetada para viajar, muitos dizem que é essa é a melhor Tourer já fabricada até hoje… Eu não concordo! Mas sem dúvida, é uma moto excepcional!

Eu escrevi um post detalhado com as minhas impressões sobre a moto, com as especifições técnicas e um pouco da história do modelo, você pode ler clicando aqui!